por Patrícia Figueiró Spinelli
Além de gostar de Astronomia, eu gosto de comer. Em geral, minhas lembranças são associadas à uma espécie de tastetrack ao invés de um soundtrack.
Rio Branco teve gosto de tapioca, cupuaçú e açaí. Foi engraçado ver quando meus amigos Galileus, não brasileiros, provaram o açaí, a super fruta, pela primeira vez. Os guris, Jorge (espanhol) e Nuno (português), adoraram. Já as gurias, Sandra (espanhola) e Mayte (dominicana/estadunidense), nem tanto. O Edu, que também é brasileiro, ficou no meio do campo: nem gostou, nem desgostou. Os guris da produção do documentário, Felipe e Fernanda, brasileiríssimos como eu, já conheciam e continuaram a adorar.
Rio Branco sempre começava com tapioca de café da manhã. E logo de cara, no primeiro dia da temporada brasileira, no dia 04 de agosto, também começou com uma entrevista para o Bom Dia Acre.
Foi uma correria só, mas depois da entrevista, fomos ao que interessava: as atividades no Centro de Apoio ao Deficiente Visual (CADV), onde vários professores que trabalham com esse tipo de público participaram de nossa oficina. Também estavam presentes alguns alunos portadores de deficiência visual que puderam avaliar o material. E além deles, mais jornalista! O GalileoMobile em Rio Branco definitivamente foi pop!
As atividades com os professores do CADV foram muito proveitosas, uma verdadeira troca Galileana: nós ensinando um pouco de astronomia e eles, os professores, nos falando de suas ideias de como produzir outros materiais tácteis sobre o tema. Eu adoro essa capacidade de criar do povo brasileiro! E dos nossos professores então, nem se fala!
No segundo dia em Rio Branco, em 05 de agosto, fizemos uma Oficina de Capacitação em Astronomia para professores no Campus Xavier do Instituto Federal de Educação do Acre (IF-AC).
No terceiro dia, as oficinas foram direcionadas para os alunos de graduação em licenciatura das ciências naturais do IF-AC e também da Universidade Federal do Acre (UFAC). O auditório ficou cheio! Participaram os alunos de Rio Branco, mas também, os de Sena Madureira, que viajaram de ônibus para o evento. Os alunos de ensino médio do IF-AC não quiseram ficar de fora e participaram também!
Era ônibus pra cá, estudantes pra lá, mais jornalistas, fotos, impressão de certificados, e socorro! Façamos uma pausa para tomar um suco de cupuaçú, por favor!
Após os três dias de evento em Rio Branco, a noite foi curta. Tivemos que arrumar as malas e viajar no dia seguinte às 6 da manhã para Sena Madureira, e tocar um dia interinho de atividades, incluindo a observação noturna do céu. Foi preciso de muito açaí para conseguir essa disposição toda. Em Rio Branco diziam que açaí levanta até defunto, e assim que teve de ser.
Lindo projeto!